O governo do Estado está enviando uma mensagem à Assembléia Legislativa como forma de estimular o transporte internacional de cargas no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Como ocorre atualmente no Porto Seco, os empresários teriam uma redução de 12% para 2% nos produtos a serem comercializados fora do Estado e de 17% para 10% na comercialização em Mato Grosso.
O anúncio foi feito ontem à tarde, pelo secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae em Mato Grosso, Pedro Nadaf. Além da criação da alfândega, o Estado reivindica a abertura da área internacional de passageiros no Aeroporto Marechal Rondon. O superintendente da Infraero nos informou que a expectativa é a de que os vôos internacionais comecem a operar em Cuiabá ainda em setembro deste ano, disse Nadaf.
Paralelamente às ações administrativas, o secretário afirmou que será instalado no dia 3 de julho o Conselho Permanente de Exportação de Mato Grosso, com representantes do governo do Estado e de todo o setor produtivo ligado ao comércio exterior. Além disso, estamos trabalhando na criação do Centro de Excelência em Comércio Exterior (Cecomex), uma ação que iremos impulsionar no interior do Estado, para fomentar o comércio exterior e criar ambientes favoráveis à sua prática.
A aceleração é também a mais alta, na mesma base de comparação, desde dezembro de 2002, quando esse tipo de indicador subiu 3,26%. Dos três itens que compõem o indicador, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,82% em maio para 2,84% em junho, a maior alta de junho de 1995.
Na mesma base de comparação, o Índice de Preços por Atacado (IPA) passou de 2,02% para 2,05%; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) saiu de alta de 0,47% para alta de 0,78%.
Segundo o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, foi esse avanço mais intenso de preços na construção civil o responsável pela aceleração da segunda prévia do IGP-M de junho. Ele calculou que o INCC foi responsável por praticamente dois terços da aceleração da segunda prévia do IGP-M.
Economistas e analistas do mercado financeiro aumentaram novamente suas previsões para a inflação em 2008, segundo a pesquisa semanal do Banco Central conhecida como relatório Focus.
Para 2009, a previsão para o IPCA subiu de 4,63% para 4,78%.
Os demais indicadores de inflação pesquisados pela instituição também tiveram as projeções para 2008 elevadas pelo mercado. O maior destaque foram os IGPs, que servem de base para o reajuste de aluguéis e tarifas.
A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) subiu de 9,96% para 11,02%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) teve a previsão aumentada de 10% para 10,36%; e o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) ficaria em 5,79%, ante 5,52% da semana anterior. A estimativa de inflação para os preços administrados subiu de 3,70% para 3,75%. Juros
Os economistas mantiveram a previsão de que a taxa básica de juros termine 2008 em 14,25% ao ano, feita na semana passada. Para o final de 2009, a estimativa de que a Selic estaria em 12,75% subiu para 12,30% ao ano.
PIB
A previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) se manteve em 4,80% em 2008. Para 2009, foi mantida a taxa de 4%. Ambas estão abaixo da projeção oficial do governo, de 5% para os dois anos.
A estimativa para o dólar caiu de R$ 1,70 para R$ 1,68 no final deste ano. Para dezembro de 2009, a previsão ficou em R$ 1,77.
A previsão do saldo da balança comercial em 2008 caiu de US$ 23,35 bilhões para US$ 23 bilhões. Para 2009, caiu de US$ 15,61 bilhões para US$ 15 bilhões.
Caíram as expectativas de investimentos estrangeiros diretos, de US$ 34,15 bilhões para US$ 34 bilhões (2008). Para 2009, foi mantida a previsão de US$ 30 bilhões.
Foi mantida a previsão para a relação dívida/PIB, em 41,10% neste ano, e no saldo em conta corrente, com um resultado negativo de US$ 23 bilhões em 2008.
Tal elevação é resultado dos recentes aumentos dos preços de aço no exterior, já que no mesmo mês as vendas externas de produtos acabados, de maior valor agregado, apresentaram queda de 25,6%, para 323,2 mil toneladas. Nos produtos semi-acabados (placas, blocos e tarugos), houve crescimento de 4,7% nas exportações, para 392,9 mil toneladas, a elevação que, segundo o IBS, está relacionada com o aumento de capacidade instalada com a entrada, em 2007, de novos projetos.
No acumulado do ano até maio, o crescimento da receita com exportações foi menos significativo, de 2,5%, para US$ 2,69 milhões, embora o volume de produtos embarcados tenha registrado queda de 11,3%, para 3,79 milhões de toneladas. O mercado nacional de aço também deve favorecer um bom crescimento das receitas das companhias. As vendas internas batem recorde após recorde.
De janeiro a maio de 2008 Cuiabá teve 4.897 de saldo de empregos gerados, o que significa um aumento de 4,55% em relação ao ano passado.
Segundo o Ministério do Trabalho, em todo o Brasil mais de 1 milhão de vagas foram abertas de janeiro a maio deste ano, recorde absoluto da série histórica do Caged para este período, que tem início em janeiro de 2004. Foram criados exatos 1,05 milhão de empregos com carteira assinada nos cinco primeiros meses deste ano.
O setor econômico que mais contribuiu para a abertura de vagas no acumulado deste ano foi o de Serviços, com 365 mil vagas abertas, contra 289 mil em igual período de 2007. "O setor de Serviços tem sido muito forte no Brasil. São os hotéis, os restaurantes, o setor de Educação", disse Lupi a jornalistas.
A indústria de transformação, por sua vez, gerou a criação de 265 mil empregos formais neste ano, contra 271 mil em igual período do ano passado. A construção civil teve forte crescimento em 2008, com 160 mil vagas abertas de janeiro a maio deste ano, contra 79 mil em igual período de 2007. Já o Comércio foi responsável pela abertura de 83 mil empregos com carteira assinada até maio de 2008, na comparação com 68 mil no mesmo período do ano passado.
Segundo ele, houve uma formalização e um crescimento maior da economia, o que contribuiu para aumentar a arrecadação. "A carga é arrecadação sobre PIB, mas nós tivemos um crescimento maior da economia", afirmou.
O secretário disse também que a arrecadação tende a estabilizar nos próximos meses em patamares mais baixos que o registrado no início do ano, quando chegou a cresce mais de 20%.
"A arrecadação não terá a elevação que teve nos últimos meses. Ela tende a se estabilizar", disse.
A arrecadação federal de impostos e tributos fechou os primeiros cinco meses do ano em R$ 275,4 bilhões. O resultado é recorde e representa uma alta de 11,13% sobre o mesmo período do ano passado.
Somente no mês de maio, foram arrecadados R$ 50,4 bilhões, uma queda de 16,26% em relação ao resultado de abril. Na comparação com maio do ano passado, no entanto, houve crescimento de 5,16%. O valor é recorde para os meses de maio.
O imposto que mais subiu nos cinco primeiros meses do ano foi o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), alvo de elevação em algumas de suas alíquotas no início do ano como forma de compensar as perdas com o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Foram R$ 7,96 bilhões para os cofres públicos, aumento de 150% em relação aos primeiros cinco meses de 2007. A maior parte desse valor veio da tributação das operações de crédito com pessoas físicas, que passaram a ser tributadas em janeiro deste ano.
Em termos absolutos, o aumento foi puxado pela arrecadação das empresas. O IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) renderam, respectivamente, R$ 38,8 bilhões (+22,14%) e R$ 18,5 bilhões (+22%) para o governo.
O IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) cresceu 9,4% no ano e somou R$ 6,8 bilhões. Por fim, as receitas previdenciárias cresceram 12,8%, para R$ 69 bilhões.
Fonte: Folha online
Fonte: Diário de Cuiabá
Metade das metas fixadas na nova política industrial até 2010 não será cumprida, aponta estudo da Fiesp sobre o plano anunciado no mês passado pelo governo Lula. A avaliação é endossada pelo Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).
Segundo o estudo da Fiesp, o investimento industrial de 21% do PIB (a chamada Formação Bruta de Capital Fixo) e a exportação de US$ 210 bilhões ao ano --1,25% do comércio mundial-- não são mais metas factíveis até 2010.
A Fiesp acha que o investimento industrial não irá passar de 19% do PIB no horizonte da nova política e que as exportações alcançarão no máximo US$ 196,8 bilhões, 1,06% do comércio mundial.
José Ricardo Roriz, diretor do departamento de competitividade da Fiesp, afirma que a elevação dos juros básicos da economia funcionará como um freio ao investimento. O ciclo de queda dos juros básicos iniciado no fim de 2005 coincide com a aceleração dos investimentos. Em abril passado, o Banco Central --ante a aceleração da inflação-- inaugurou um novo ciclo de alta de juros.
Nas exportações, o problema continua a ser a desvalorização do dólar ante o real. A situação afeta a competitividade do produto brasileiro e expulsa exportadores do mercado.
"Essas duas situações afetam diretamente o cumprimento dessas metas fixadas na política industrial. Além disso, o governo oferece a desoneração com uma mão e tira com a outra. Depois de conceder desoneração apresentou proposta para uma nova CPMF", critica Roriz.
Júlio Gomes de Almeida, consultor do Iedi, concorda com as conclusões da Fiesp. Diz que a meta de investimentos ao ritmo de 21% do PIB por ano a partir de 2010 é ousada, principalmente se considerados os incentivos criados para viabilizá-la. Almeida salienta, no entanto, que tal proposta seria facilmente cumprida se o governo universalizasse o benefício da depreciação acelerada tal qual ofertada aos setores automotivo e de bens de capital.
O Iedi avalia que na exportação as medidas de apoio não são suficientes. Além do problema do câmbio, Almeida afirma que o governo deveria buscar uma solução para devolver à indústria os R$ 17 bilhões retidos nos Tesouros dos Estados a título de ICMS de exportação.
O Ministério do Desenvolvimento rebateu o estudo.
Segundo Fernanda De Negri, chefe da Assessoria Econômica da pasta, o investimento industrial deste ano está alinhado com as projeções do governo.
No primeiro trimestre, a expectativa era a de que a Formação Bruta de Capital Fixo estivesse em 17,8% do PIB em termos anualizados. "Chegamos a 18% do PIB", pontua Fernanda. Ela admitiu que o juro maior afeta o investimento, mas minimizou o impacto.
Para ela, as medidas e os instrumentos de incentivo ao investimento serão suficientes para se sobrepor ao impacto da retomada da elevação do juro.
O governo rebate com números a avaliação de que o ritmo de crescimento das exportações tende a reduzir com a desvalorização do dólar e a conseqüente perda de competitividade. "Estão dizendo isso desde 2004 e as exportações continuam a crescer", diz Fernanda.
A média de crescimento das exportações nos últimos cinco anos foi de 21,7%, ante os 16% de expansão mundial.
Já o estado atingiu a 10° posição entre todos os 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Foram gerados no período pouco mais de 25 mil novos postos de trabalho. Entre os estados do Centro-Oeste, Mato Grosso ficou em segundo lugar, só perdendo para Goiás, que obteve a marca de quase 53 mil novos postos de trabalho.
Fonte: Folha do Estado
Formal Setor contratou 1.559 trabalhadores, um aumento de 77% ante a 2007O agropecuário foi o que mais demitiu, com o fim da safra
O setor da construção civil segurou o nível do emprego formal em mato grosso no mês de maio, obtendo o melhor saldo (diferença entre contratações e demissões) entre os setores produtivos do estado. Foram contratados 1.559 trabalhadores no setor no mês passado, um aumento de 77% ante ao mesmo período de 2007 (879). Só em Cuiabá, a construção abriu 538 novas vagas em maio. No acumulado de cinco meses já são 2.331 contratados somente nesse setor. De forma geral, foram abertas no estado, 2.882 novas vagas no mês passado, somando mais de 25 mil de janeiro a maio. Os dados do cadastro geral de empregados e desempregados (Caged) foram divulgados ontem (19) pelo Ministério do Trabalho. Segundo representantes da construção, o aquecimento do setor voltou no final de 2006 e segue até hoje com perspectiva de novos investimentos devido ao desempenho positivo da economia brasileira.Sazonalidade - Segundo o ministro, no mês de maio foram fechados 7 mil postos de trabalho no Estado de Alagoas por causa do período de entressafra na produção de cana-de-açúcar. "Só isso explica essa diferença de um ano para o outro", disse. "Não é um efeito de contaminação do processo macro de geração de emprego. É uma sazonalidade de um Estado e de uma área específica."
Lupi preferiu enfatizar o resultado do Caged no acumulado de janeiro a maio de 2008, que já ultrapassou a marca de mais de um 1 milhão de novos empregos formais. Segundo o ministro, a cada dia se confirma a sua previsão de um novo recorde de geração de empregos formais.
O Ministério do Trabalho projeta a abertura de mais 1,8 milhão de postos em 2008. Em 2007, foram 1,617 milhão. Lupi disse que o aumento do salário mínimo para R$ 415 este ano elevou o consumo, o que, por conseqüência, fez crescer a produção e os postos formais de trabalho no segmento industrial.
O ministro atribuiu o bom resultado no mercado à "pujança da economia brasileira". Ele destacou a informação de que mais de 30 milhões de brasileiros trabalham, hoje, com carteira assinada.
Inflação - Lupi avaliou que o aumento dos índices de inflação não tem repercutido no mercado de trabalho. "A inflação é preocupante, é contra o assalariado, mas é o resultado de uma demanda interna aquecida, ou seja, de muita gente estar podendo comprar o que não podia", disse o ministro.